Alfredo Mario Ferreiro, por Matheus José Mineiro

Vôo tão rasante que necessito mais de rodas que de asas. Alfredo Mario Ferreiro nasceu em Montevidéu, em 1 de março de 1899. No meio da década de 1920 começou a destacar-se como um dos mais ativos agitadores de vanguarda no Uruguai. Seus dois livros de poemas, O homem que comeu um ônibus (poemas com odor de NAFTA) (1927) e Por favor não apertar as mãos (poemas profiláticas com base … Continuar lendo Alfredo Mario Ferreiro, por Matheus José Mineiro

4 traduções no jornal relevo

Essas quatro traduções – feitas por nós quatro do escamandro, cada um trabalhando com um idioma diferente e com um autor já trabalhado aqui – foram publicadas no Jornal RelevO, edição de novembro de 2012, disponível em versão impressa, mas também online, clicando aqui. Um poema de Rumi, via Coleman Barks I eis a alquimia da condição humana: no momento em que são aceitas as … Continuar lendo 4 traduções no jornal relevo

Mais textos de Murilo Mendes

Aproveitando o texto sobre o eterno nas letras brasileiras modernas que postei aqui, gostaria de indicar alguns links para outros textos de Murilo Mendes que estão no Anuário de Literatura, n. 9, 2001, da UFSC. São artigos interessantes para compreendermos melhor as concepções filosóficas que estão no fundo de alguns dos poemas de Murilo dos anos 30-40, bem como para mostrar o seu trabalho como … Continuar lendo Mais textos de Murilo Mendes

6 poemas de Jacques Prévert

Não sei vocês, mas meu primeiro, e até pouco tempo, único, contato com a poesia de Jacques Prévert havia sido um poeminha engraçadinho chamado “Mea culpa”, que transcrevo abaixo: C’est ma faute C’est ma faute C’est ma très grande faute d’orthographe Voilà comment j’écris Giraffe (in Histoires) …que traz consigo também uma discussão chata que ronda os estudos da tradução sobre a tradução de Mário … Continuar lendo 6 poemas de Jacques Prévert

alejandra pizarnik: la tierra más ajena (1955), pt. 2

caros, segue abaixo a segunda e última parte de la tierra más ajena de alejandra pizarnik.veja aqui o primeiro post. vinicius ferreira barth       … DO MEU DIÁRIO Olhava os carros em arranjosem suas vestimentas metálicasas partes dianteiras pareciamcaveiras recém libertadas.Um sol amarelo deixava cair indiferentepedaços luminosos de algo coloridomas as sombras persistiamainda nos retalhos do astro.Sentia-se cansada ante os nevoeirosque não se … Continuar lendo alejandra pizarnik: la tierra más ajena (1955), pt. 2

alejandra pizarnik: la tierra más ajena (1955), pt. 1

alejandra pizarnik nasceu em buenos aires em 1936, publicou seus primeiros poemas com vinte anos e licenciou-se em filosofia e letras pela universidad de buenos aires. no começo da década de 1960 viveu em paris, onde estudou história da religião e literatura francesa, na sorbonne, e tornou-se amiga de nomes como andré pieyre de mandiargues, octavio paz, julio cortázar e rosa chacel. foi tradutora de … Continuar lendo alejandra pizarnik: la tierra más ajena (1955), pt. 1

O essencialismo de Ismael Nery

Ainda na série sobre a filosofia essencialista de Ismael Nery e sua relação com a poesia do próprio Nery e de Murilo Mendes, transcrevo aqui a parte inicial do texto O Essencialismo de Ismael Nery, que foi publicado como capítulo do livro Ismael Nery e Murilo Mendes: reflexos. bernardo brandão O essencialismo de Ismael Nery A arte de Ismael Nery, diz-nos Jorge Burlamaqui, “não é … Continuar lendo O essencialismo de Ismael Nery

Poemas de Ismael Nery

Continuando a série sobre poesia essencialista, posto aqui os poemas completos de Ismael Nery, ao menos os que chegaram até nós.   bernardo brandão   POEMA POST-ESSENCIALISTA (1931) O silencio provocou-me uma necessidade irreprimível de correr. Abalei como uma flecha através dos mares e montanhas com incrível facilidade e sem cansaço. Eis-me agora sentado diante de uma paisagem em formação, ainda não colorida. O meu pensamento … Continuar lendo Poemas de Ismael Nery

A poesia de Ismael Nery

Saindo um pouco da Pérsia e chegando ao Brasil da primeira metade do século XX, gostaria de tratar aqui no Escamandro da poesia de Ismael Nery, Murilo Mendes e Jorge de Lima que foram inspirados, em muitos de seus poemas que parecem seguir fielmente os preceitos surrealistas, pela filosofia essencialista formulada pelo próprio Ismael nos anos 20. Começo minha série sobre o assunto com um … Continuar lendo A poesia de Ismael Nery