essa língua tão áspera: Lioba Happel, por Valeska Brinkmann

bordão dos bordões estampado nos melhores trapos e na pior alta costura: “a tradutora é uma traidora” – mesmo que na nossa língua machista [e racista, homofóbica, etc.] lemos-ouvimos no masculino. fonte segura do século XVI, malinche em pessoa me apareceu em sonho pra dizer: quando trump separou as crias da mamis e quis botar um muro separando o mundo da sua coroa megalomaníaca, culparam … Continuar lendo essa língua tão áspera: Lioba Happel, por Valeska Brinkmann

Hans Arp (1886 – 1966), por Natan Schäfer

Hans Arp (1886 – 1966) nasceu em Strasbourg, na Alsacia. Autor de uma obra múltipla de verdade, Arp e suas realizações não conhecem fronteiras. Justamente por isso, poderíamos paradoxalmente afirmar que o lugar por excelência ocupado por Arp, equilibrista à margem da margem em permanente posição de clandestinidade, é exatamente a fronteira, ou melhor ainda, afronteira. Textualmente, expressou-se em francês e em alemão, ambas suas … Continuar lendo Hans Arp (1886 – 1966), por Natan Schäfer

Peter Rühmkorf (1929 – 2008), por Natan Schäfer

Peter Rühmkorf (1929 – 2008), nasceu em Dortmund (Alemanha). A partir dos anos 1940, Rühmkorf inicia uma obra que será marcada pelo longo e duro trabalho de luto do pós-guerra, mas também pelo suíngue do jazz. De 1976 a 2006 é responsável, ao lados músicos Michael Naura e Wolfgang Schlüter, por uma série de eventos batizada “Jazz & Lyrik” (reunidos num CD homônimo lançado em … Continuar lendo Peter Rühmkorf (1929 – 2008), por Natan Schäfer

Friedrich Hölderlin, por Gabriel Rübinger-Betti

Friedrich Hölderlin (1770-1843) é considerado um dos nomes mais importantes da primeira fase do Romantismo Alemão. Nasceu em Lauffen am Neckar, em 20 de março de 1770. Em sua juventude, Friedrich Hölderlin era considerado um dos aspirantes mais promissores da filosofia e da literatura alemã, sendo amigo íntimo de Hegel e de Schelling e tendo convivido com Goethe, Novalis e Schiller. Seus primeiros escritos consistem em hinos … Continuar lendo Friedrich Hölderlin, por Gabriel Rübinger-Betti

Goethe (28/08/1749 – 22/03/1832), por Daniel Martineschen

Hoje lembramos do falecimento do velho poeta de Weimar, do olímpico, do rival de Schiller (ele se via mais como rival do que rivalizado), do humanista, do neptuniano (que não acreditava em revoluções, mas em evoluções graduais – oh, sabia de nada, inocente…), do pensador que idealizava um mundo unido pela literatura – essa Literatura Mundial, Weltliteratur, que circula o globo e é qual phármakon, … Continuar lendo Goethe (28/08/1749 – 22/03/1832), por Daniel Martineschen

Oskar Pastior (1927 – 2006), por Valeska Brinkmann

Oskar Pastior (1927 – 2006) nasceu em Sibiu, na minoria alemã dos saxões da Transilvânia, Romenia. Estudou alemão na Universidade de Bucareste. Foi editor do departamento de língua alemã da Rádio Estatal Romena. Em 1968, Pastior usou uma visita de estudo em Viena para fugir para o Ocidente. Foi para Munique e depois para Berlim Ocidental, onde viveu como escritor e tradutor de 1969 até … Continuar lendo Oskar Pastior (1927 – 2006), por Valeska Brinkmann

Hans Magnus Enzensberger (1929-), por Adelaide Ivánova

hans magnus é um escritor alemão de esquerda. esses poemas são do livro “blindenschrift” (braille, em português), publicado em 1967. coisas que estavam acontecendo na época: guerra do vietnã, guerra fria e corrida nuclear, muro de berlim, civil rights, panteras negras, assassinato de lideranças negras, anti-comunismo, obsessão com a lua, beatles anuncia que não fariam mais shows (haha). marxista e apoiador dos movimentos estudantis e … Continuar lendo Hans Magnus Enzensberger (1929-), por Adelaide Ivánova

“A traição da moendeira”, de Goethe, por Mauricio Mendonça Cardozo

“[…]
Estranhamente abandonou o seu chatô,
Onde ele sempre diversão pôde encontrar,
E se ele não tivesse em mãos o seu mantô,
Mas que vergonha que ele então iria passar!
Pois foi assim que alguém, pregando-lhe uma peça,
Pegou-lhe a roupa, pegou trouxa, pegou tudo:
O pobre amigo desvestido até a cabeça,
Por pouco não virou um Adão de tão desnudo.
[…]”
Mauricio Mendonça Cardozo traduz um poema de Goethe. Continuar lendo “A traição da moendeira”, de Goethe, por Mauricio Mendonça Cardozo

Ronya Othmann (1993—), por Valeska Brinkmann

“aquilo que não se enquadra no que eu
poderia escrever em janeiro. os cabelos dela
no meu travesseiro não fazem nenhuma
peruca, eu queria camas de hospital
como navios. lençóis brancos, me desfaço
de tudo. braços, pernas, tronco, ovários.
amanhece, gota a gota.
as mãos dela não são as mesmas que me
viram e reviram. tateio o azul
em buca de indícios. sob meus
olhos fechados. passos, a jaqueta dela
bate na cintura, uma batida na
madeira, a porta. não é o tempo de
gerânios.”

Valeska Brinkmann traduz a poesia de Ronya Othmann. Continuar lendo Ronya Othmann (1993—), por Valeska Brinkmann