Vincent Bounoure, por Natan Schäfer

Depois de estudar na Escola de Minas de Nancy, Vincent Bounoure (Strasbourg, 1928 – Paris, 1996) recusou empregos em pesquisas industriais e militares e juntou-se ao grupo surrealista de Paris na primeira metade dos anos 1950 — grupo do qual ele faria parte até o fim de sua vida. Bounoure notabilizou-se tanto por sua atuação em âmbito internacional — contribuindo, inclusive, para a realização da … Continuar lendo Vincent Bounoure, por Natan Schäfer

XANTO|Hans Arp, por José Pierre

“São quinze pro verão” O primeiro livro ilustrado por Arp, conhecido por poucos, é uma tradução francesa do Bhagavad-Gîtâ, editada em 1914 pela Librairie de L’Art Indépendant, em Saint-Amand (Cher). Apesar da sua originalidade para a época, as ilustrações, minúsculas vinhetas aracnídeas perfeitamente desapegadas de qualquer preocupação figurativa, e apesar de serem o primeiro testemunho que nos restou dessa ruptura com o “modelo exterior”, não … Continuar lendo XANTO|Hans Arp, por José Pierre

Hans Arp (1886 – 1966), por Natan Schäfer

Hans Arp (1886 – 1966) nasceu em Strasbourg, na Alsacia. Autor de uma obra múltipla de verdade, Arp e suas realizações não conhecem fronteiras. Justamente por isso, poderíamos paradoxalmente afirmar que o lugar por excelência ocupado por Arp, equilibrista à margem da margem em permanente posição de clandestinidade, é exatamente a fronteira, ou melhor ainda, afronteira. Textualmente, expressou-se em francês e em alemão, ambas suas … Continuar lendo Hans Arp (1886 – 1966), por Natan Schäfer

Max Hölzer (1915 – 1984), por Natan Schäfer

Max Hölzer (1915 – 1984) nasceu em Graz (Áustria). Formado em Direito, foi leitor e tradutor em diversas editoras alemãs. Juntamente com Edgar Jené (sobre quem Paul Celan publica em 1948 o ensaio “O sonhos dos sonhos”, em alemão “Der Traum von Träume”), de 1950 a 1952 editou a revista Surrealistischen Publikationen, onde publica pela primeira vez após a Segunda Guerra traduções de Breton, Péret, … Continuar lendo Max Hölzer (1915 – 1984), por Natan Schäfer

Peter Rühmkorf (1929 – 2008), por Natan Schäfer

Peter Rühmkorf (1929 – 2008), nasceu em Dortmund (Alemanha). A partir dos anos 1940, Rühmkorf inicia uma obra que será marcada pelo longo e duro trabalho de luto do pós-guerra, mas também pelo suíngue do jazz. De 1976 a 2006 é responsável, ao lados músicos Michael Naura e Wolfgang Schlüter, por uma série de eventos batizada “Jazz & Lyrik” (reunidos num CD homônimo lançado em … Continuar lendo Peter Rühmkorf (1929 – 2008), por Natan Schäfer

Magloire-Saint-Aude, por Natan Schäfer

  Clément Magloire-Saint-Aude (1912 – 1971) foi um poeta surrealista haitiano. Sua obra se encontra reunida no livro Dialogue de mes lampes et autres textes (org. François Leperlier), publicado pela editora Jean Michel Place em 1998. Para apresentá-lo aos leitores deste escamandro, passo a palavra a André Breton: “Em doze a quinze versos, não mais, compreendo seu desejo: a pedra filosofal ou quase, a nota … Continuar lendo Magloire-Saint-Aude, por Natan Schäfer

Sérgio Lima (1939—), por Natan Schäfer

Sergio Lima, nome artístico de Sérgio Claudio de Franceschi Lima, nasceu em 28 de dezembro de 1939 em Pirassununga, São Paulo. Escritor-pintor, vem envolvendo-se desde 1955 com o surrealismo. Nos anos 1960 passa a participar das reuniões do grupo surrealista de Paris no café La promenade de Vénus, ao lado de seu fundador André Breton. Desde então, é o grande dínamo responsável pela revisão & … Continuar lendo Sérgio Lima (1939—), por Natan Schäfer

Paul Éluard, por Natan Schäfer

Paul Éluard (1895 – 1952) resistiu. Fazendo nossa sua voz, resistimos. Deixo que, em nossa língua, o próprio Éluard comente seus poemas: “(…) e alguns outros poemas cujo sentido não deixam sombra de dúvida quanto ao objetivo visado: reencontrar a liberdade de expressão para atacar os ocupantes. Então, por toda França, vozes se respondem, cantando para encobrir os pesados murmúrios da besta, para que triunfem … Continuar lendo Paul Éluard, por Natan Schäfer